Eu escutei hoje no rádio um colunista de investimentos – que eu gosto muito – fazendo uma recomendação financeira para um jovem de 23 anos cujo objetivo era guardar seu dinheiro por 40 anos.
A recomendação foi uma miscelânea de LCI, Títulos do Tesouro do longo prazo e uma pasta super moderna de produtos financeiros.
Ainda que a luz de os bancos de investimento manterem a programação de muitos desses colunistas no ar (muitos estão na folha de pagamento dessas instituições, inclusive), e muitos já terem manifestado que o conteúdo está no centro de suas estratégias de marketing é leviano não recomendar o investimento em educação como aquele com maior retorno possível para um jovem profissiona. Sob qualquer perspectiva não faz sentido e é simplesmente errado.
Pensando de maneira bem simplificada, um curso de 4 anos com mensalidade de 350 reais terá custado no final para o estudante R$ 16.800,00. Se esse valor for investido com rentabilidade de 0,80% ao mês ou 10% ao ano, no final de 40 anos esse investidor terá um patrimônio de 760 mil reais. Aparentemente um valor astronômico, salvo a seguinte consideração. No Brasil o estudo tem pay back. O maior pay back do planeta.
Em média um profissional com ensino superior incompleto ou equivalente recebia mensalmente 2.242 reais e aquele com superior completo 5.106 reais (uma diferença de 2.864 reais ou 56%). SEM JUROS somente esse adicional mensal acumulado daria um adicional de 1.374 milhão de reais. Se o estudante investir mensalmente esse bônus, com mesma taxa de retorno de 0,80% durante os mesmos 40 anos o resultado da operação é brutal: 15.896 MILHÕES de reais. Uma recomendação financeira como essa faria muito mais sentido que LCI, Títulos do Tesouro ou qualquer papel irrelevante frente ao retorno POR ANO DE ESTUDO em nosso país.
Se você gosta de dados para marketing educacional como vai adorar se aprofundar com esse artigo aqui.
Vamos conversar mais sobre esse assunto? Se conecte comigo e vamos seguir interagindo aqui.