Ainda que a transmissão de imagens tenha passado a ser, também, por meios digitais já há muito tempo, a expressão radiodifusão ainda é valida para a entrega do sinal de televisão para uma importante parcela da população. Para todos os demais o sinal chega via cabo, digitalizado.
A reinvenção das companhias de televisão está a pleno vapor e seu sucesso econômico e os resultados que trazem para seus patrocinadores / anunciantes fizeram adormecer previsões apocalípticas (e eu imaginava – mea culpa – que o impacto da internet nessas companhias seria proporcional ao de outros setores de propriedade intelectual, como os jornais impressos e as gravadoras de discos).
Essa reinvenção já é percebida no habito de consumo multi telas, hoje.
A experiência de assistir televisão deixou de ser passiva / hipnótica e passou a ser interativa (a informação da telona pode ser aprofundada em nossos celulares / dispositivos móveis na palma de nossas mãos).
Ainda assim os pontos no ibope seguem dando o passo e a frequência da audiência desse meio.
O Ibope não é linear. Os pontos oscilam entre as praças e mais que isso, entre domicílios e telespectadores (até quando usaremos essa palavra?).
A partir de 2017, cada 1 ponto de audiência passou a corresponder a 245.702 domicílios e a 688.211 espectadores NO BRASIL. No Grande Rio de Janeiro, 1 ponto representa 44,05 mil lares e 116,9 mil pessoas.
Ao mesmo tempo que no Brasil o EAD particular concentra 1.265.359 alunos (dois pontos no IBOPE)!
Para entender os canais de maior audiência segue a lista abaixo:
Ainda, então, seguindo a regra do jogo, simulamos os maiores players da educação como pontos no Ibope Brasil, na tabela abaixo.
Respondendo a pergunta que enuncia esse artigo, então, os 10 maiores players somam o Ibope de TNT – 0,33 14º – Globonews – 0,32 15º – Nickelodeon – 0,30 16º – Gloob – 0,29 17º – Disney Channel – 0,28 18º – AXN – 0,27 19º – TV Aparecida – 0,26 20º – Space – 0,25!
Parece pouco. Mas o pacote mais completo da NET (sim eu liguei para eles para saber a quantidade de canais) possui 216 canais!
Ainda aprofundando a pesquisa de acordo com levantamento da Kantar IBOPE Media, o tempo médio que o telespectador dedicou ao consumo de TV (aberta e por assinatura) aumentou 16 minutos no último ano.
Tempo médio dedicado (ATS) por ano:
Fonte: Kantar IBOPE Media/Media Workstation/ Painel Nacional de Televisão/ATS – Tempo médio dedicado/06h as 06h/ Total Indivíduos /histórico anual 2008 até 2016
Agora eu contesto os dados da Kantar / IBOPE disponíveis em (https://www.kantaribopemedia.com/brasileiros-assistiram-mais-de-6-horas-de-tv-por-dia-em-2016/)
Segundo a empresa e “ainda de acordo com o levantamento, as mulheres assistiram mais TV do que os homens. Em 2016, elas dedicaram pouco mais de 6 horas e 34 minutos à televisão, enquanto os homens somaram 5 horas e 57 minutos diários”.
Eu não consigo ver uma nação que trabalha 8 horas por dia, dorme 8 horas por dia passar 6 horas por dia na frente da televisão. Sobrariam 2 horas pro resto das atividades. Deve ter faltado uma revisão técnica nesse dado. Mas enfim, a informação é pública.
O fato é: a atenção dedicada. Um aluno está muito mais imerso em seu ambiente virtual de aprendizagem que um telespectador de um programa de televisão.
E esse novo meio – ambientes virtuais de aprendizagem – podem ser novos canais para as marcas reencontrarem seu clientes por meio de soluções de marketing educacional autênticas patrocinando aulas e conteúdos em multi-plataformas em EAD’s distintos. Pense um modulo de “construção de capital social”, bancado pelo LINKEDIN ou pela CATHO, ou um módulo de “FINANÇAS PESSOAIS”, mantido pelo UNIVERSIA. Ou “Nutrição” pela Nestlé e “PROGRAMAÇÃO 4 DUMMIES” pela Microsoft. Interesse, certamente existe, em conectar marcas e os maiores formadores de opinião do futuro da economia brasileira.