O linkedin é o grande repositório de competências e habilidades e acaba se posicionando como um mediador das características de profissionais de todo o mundo e de todas as áreas com seus respectivos mercados.
Se em uma extremidade usuários buscam oportunidades de trabalho, ampliam sua rede de contatos, consomem informações e conteúdo que contribuem para o seu dia a dia, em outra milhões de empresas buscam profissionais e oferecem seus produtos de uma forma segmentada e cuidadosa.
De um lado, portanto, as pessoas físicas descrevem suas aptidões e know-how e de outro as pessoas jurídicas descrevem as capacidades que esperam de seus futuros profissionais.
Quando projetamos essas relações para 500.000.000 de profissionais (29 milhões apenas no Brasil), temos o principal retrato em tempo real, do conhecimento contemporâneo.
A arquitetura e as correlações desses atributos deveriam ser o fio condutor, portanto, de qualquer projeto acadêmico que objetive atender o mercado.
O diretório de competências é matéria bruta, portanto, para uma profunda analise entre as conexões de uma determinada atividade.
Tomando como exemplo, claro, Marketing Strategies e Top Skills relacionadas, teríamos então 24 competências de primeiro nível. Explodindo uma dessas competências On Line Marketing, teríamos outras 24 e, por fim, abrindo uma top skill, Media Buying mais 24. Um curso de “Estratégia de Marketing” teria então a necessidade de ensinar literalmente (muitas se repetem, logicamente sendo esse número é menor) 13.824 hard skills para uma visão profunda da área. A tabela segue abaixo:
HardSkills? O que são?
Faço minhas as palavras do editor do linkedin learning Paul Patrone no artigo The Skills Companies Need Most in 2018 – And The Courses to Get Them.
As soft skills são as habilidades que todos os profissionais deveriam ter independentemente das suas áreas de atuação (comportamentais, no meu grifo).
E 57% dos líderes, segundo o artigo acham essas mais importantes que as hard skills. Liderança, Comunicação, Colaboração e Gestão de Tempo seriam aquelas mais valorizadas em 2018.
As hard skills são portanto aquelas laborais mais específicas (às cinco principais seriam Cloud and Distributed Computing, Statistical Analysis and Data Mining, Middleware and Integration Software, Web Architecture and Development Framework e User Interface Design).
Vejo um futuro onde bussolas mais precisas fundamentem as matrizes curriculares e as grades programáticas dos cursos superiores (ou pelo menos programas de atividades complementares). Que os cursos sejam desenhados para o cumprimento desses requisitos que são cada vez mais básicos à empregabilidade. E que nanodegrees certifiquem cada etapa da nossa eterna jornada de aprendizado e conhecimento.