“Sai o iogurte grego e fica a internet”. A frase, extraída de um entertítulo de uma reportagem sobre o avanço do desemprego e o surgimento de uma “nova Classe D no Brasil” (http://goo.gl/6NrX70), sentencia uma mudança nos padrões de consumo apontada pelas principais consultorias de mercado para os próximos anos. O cenário é crítico e poucas mudanças apresentam-se como viáveis no curto prazo.
É necessário compreender, então, como operar os downsizings necessários e reposicionar produtos e serviços para atender a uma mudança no perfil de consumo dos alunos de 2016, 2017 e 2018 (ano em que os primeiros sinais de mudanças são projetados pelos faróis dos futurólogos e especialistas em tendências).
Downsize, em inglês, significa cortar, reduzir, encolher ou diminuir o portfólio de negócios de uma empresa ou escola, eliminando produtos de unidades de negócios que não são rentáveis ou que já não se encaixam na estratégia global da instituição. A expressão foi cunhada nos anos 80 e refletia a reestruturação administrativa que respondeu ao crescimento desordenado das grandes empresas. Naquela década foram criadas estruturas gigantescas e ineficazes. O processo de compressão da década seguinte apoderou-se, para fins de batismo, uma expressão da T.I: “downsize”.
O downsize pode incidir em diversas áreas. Dos cortes de pessoal e reestruturações de equipes, do RH, ao reposicionamento de produtos e serviços, do marketing.
Repensar sua equipe de forma a encontrar um melhor retorno sobre o head count de marketing é uma necessidade sistemática dos executivos da área. Mas nos focamos nesse artigo no downsize de serviços. Como reestruturar seus programas de forma a atender as necessidades de formação em tempos de crise.
Aprendemos com as crises do passado e projetamos algumas reflexões para o futuro do segmento sem maiores pretensões. Apenas como um exercício de abstração. Podemos supor, em um primeiro momento, que os alunos egressos diretamente do Ensino Médio buscarão uma colocação rápida no mercado de trabalho. A crise e o desemprego, afinal estão sendo mais contundentes exatamente na população entre 18 e 24 anos, dita em idade universitária (http://goo.gl/VWoDo1). Os cursos técnicos surgem como a alternativa mais eficiente para essa demanda. Assim como os cursos preparatórios para concursos públicos podem ressurgir nesse novo paradigma. As graduações tecnológicas, ainda, poderão ser alternativas mais rápidas e dinâmicas para aqueles que buscam a formação superior.
Toda e qualquer conveniência será aliada das instituições no ingressamento de alunos nos próximos 36 meses. Nesse sentido, as plataformas de EAD (seja como modalidade seja como fração de blended learning) tornam-se atributos fundamentais no processo de decisão desse cliente mais criterioso e com menos recursos.
A reengenharia acadêmica pode apresentar opções criativas e viáveis para esses estudantes. Algumas instituições pelo país vêm ofertando cursos de forma modular, permitindo a formação no dobro do tempo, pela metade do custo mensal. Outras instituições vêm oferecendo cursos de curta duração que verticalizam a formação dos alunos em trilhas específicas de aprendizagem. Administradores com cursos de marketing digital, ou comércio exterior, por exemplo. Algumas, por fim, encontram no casamento entre a graduação e a pós-graduação uma mistura que as diferencia e as torna alinhadas as necessidades, expectativas e desejos desse novo cliente educacional.