A Reunião de Brieffing é um momento chave que todo ano
repete-se para o gestor. Sentado, ocupando o papel de cliente, o gestor
divide-se entre administrar o furor criativo da Agência de Publicidade e
sintonizá-lo na freqüência do conservadorismo dos Mantenedores, alcançando um
meio termo que agrade as duas visões.
A visão “propagandista”, focada no mercado, em tendências estéticas,
pesquisas, etc., e a visão “pragmática”, orientada pela experiência e
pelos fatos passados. Duas filosofias que devem ser balanceadas ali, na mesa de
reuniões, para tornarem-se a linha da campanha de matrículas (ou vestibular) e
a base do mix de Comunicação que será utilizado para propagar essa campanha. É
um momento chave no qual gestores descarregam informações e anseios sobre os
“atendimentos” das agências na expectativa de que esses encaminhem as
informações na integra aos seus “criativos”. Esses processarão o
Brieffing por meio de uma série de filtros e – com algumas semanas de atraso no
cronograma -nos brindarão com a peça Máster daquele ano.
Conceitualmente acordada com TUDO o que foi proposto na reunião anterior – na
visão da agência – extremamente criteriosa e suntuosamente justificada. A
questão está nas limitações que a propaganda tem em relação ao Serviço
Educacional. A complexidade das relações que ocorrem em um Campus, que resultam
na percepção de qualidade por parte do alunado, dificilmente conseguem ser
descritas ou representadas por meio da propaganda. Na verdade essa ferramenta
têm sido superestimada nas Administrações de muitas IES`s que depositam em
Anúncios a responsabilidade de reverter uma crise de imagem, criar
posicionamento ou diferencial. Essas importantes questões deveriam ser
trabalhadas nas salas de aula dos Campi, por meio da área acadêmica das
faculdades.
Afinal a propaganda tem uma função básica e não devemos esperar muito além
dela: Lembrança de Marca e Recall da Mensagem, além de um estimulo – comedido –
a aquisição do produto / serviço. O ideal seria a instituição possuir uma
identidade tão clara para seu publico alvo que a demanda fosse apenas um
reflexo natural do mercado que querer ingressar nas suas turmas de primeiro
ano. A propaganda deveria apenas lembrar esse prospect de detalhes como data de
inscrição, prova e matrículas. A comunicação dos seus valores e qualidades
dar-se-ia – nesse universo alternativo – de maneira espontânea através da
satisfação dos seus alunos com a qualidade da sua instituição. Mas nós sabemos
que as coisas não operam dessa maneira. E que a propaganda – as vezes em
quantidades cavalares – é essencial para fechar turmas em muitas IES`s espalhadas
pelo país, não é mesmo?