Existe muita espuma na análise da procriação e das gerações em marketing. As datas se sobrepõem e estudiosos complementam essa ciência em construção em tempo real por meio de artigos, white papers e pesquisas diversas. A data do começo e do fim da geração dos baby boomers, nascidos no pós-guerra é um exemplo das indefinições nessa disciplina, fundamental para o marketing educacional. Alguns especialistas categorizam todos aqueles nascidos no hiato entre 1943 e 1964 e outros apenas na janela entre 1946 e 1960.
Há poucos anos foi decretado o início da Geração dos Alphas (os bebês nascidos hoje estão nessa categoria) fechando o ciclo da Geração Z, com a qual convivemos em praticamente todos os anos do ciclo básico a educação superior atualmente e para o qual estarão dirigidos nossos esforços de marketing nos ciclos vindouros de comunicação.
Gráfico Geracional – 1882 até 2014.
Fonte Wikipédia (Nota da Wikipédia: Uma vez que não há consenso sobre os anos limítrofes de cada geração, a tabela apresenta uma média simples das datas mais comuns, exibindo na legenda concepções mais abrangentes e mais restritas de cada caso).
Um corte informal e intergeracional comum são os millenials, conceito com o qual tropeçamos e que gera bastante confusão para analistas de mercado. Os millenials são os jovens entre 20 e 35 anos, portanto um corte específico das Gerações Y e Z. No marketing educacional os millenials representam mais de 50% da base de alunos da graduação e a quase totalidade do mercado de pós graduação lato sensu e possuem, entre suas características marcantes o fato de terem sido o primeiro corte geracional que cresceu com a internet e viveu a explosão da globalização (mais de 50% dos millenials a metade tem amigos que vivem no exterior e 20% dedica seu tempo ao estudo ou trabalho fora do país).
Segundo um estudo mundial realizado pela Goldman Sachs e divulgado pela Tetra Pak, recentemente, que pode ser acessado clicando aqui os millenials são consumidores críticos que sabem bem avaliar preço e a qualidade de produtos e serviços.
Um dos dados importantes do report aponta que eles são ávidos por novidades. Nos Estados Unidos, 65% afirmaram que tinham interesse em testar coisas novas, contra apenas 39% de outras gerações. Essa avidez encontra ressonância no mercado de tecnologia e na própria internet, e por isso existe muita aderência entre essas indústrias e esse público alvo. Encontra uma aderência muito menor, no entanto, nas soluções educacionais com as quais deparam-se em escolas e universidades. Além de metodologias de ensino – muitas vezes – centenárias, os cursos ofertados estão desconectados dos anseios dos millenials e de suas características de aprendizado.
Da mesma forma muitos departamentos de marketing educacional tentam comunicar-se com esse público utilizando as mesmas formulas com as quais relacionavam-se com seus pais e avós.
Extrapolando a compreensão dos millenials, então, é fundamental para instituições de ensino pois eles compõem suas salas de aula e muitas vezes estão em descompasso com a sua marca.